O Conselho Federal da OAB dará início na próxima semana ao Primeiro Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira. O levantamento foi anunciado durante a sessão do Conselho Pleno da entidade, realizado na última segunda-feira (21). O objetivo é conhecer a realidade dos mais de 1,3 milhão de advogados e advogadas do país, identificando dificuldades, peculiaridades e regionalidades do exercício profissional, sob o slogan “Te ouvir para melhor te atender”.
O questionário será aplicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). “É uma pesquisa pioneira, para que possamos conhecer as particularidades de nossa classe. Com os dados, iremos desenvolver ações ainda mais dirigidas e efetivas para o desenvolvimento da advocacia, em todos os cantos do país”, esclareceu o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.
O questionário virtual trará 42 questões e será dividido por temas. Além do perfil sociodemográfico e foco na atuação profissional, também foram incluídas perguntas sobre saúde, uso da tecnologia e prerrogativas e honorários. O estudo será coordenado, no âmbito do CFOAB, pelo vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn; e por uma comissão formada pelos presidentes das Seccionais de Alagoas, Vagner Paes; da Bahia, Daniela Borges; de Goiás, Rafael Lara; e de Pernambuco, Fernando Ribeiro Lins.
O questionário busca levantar informações sobre o perfil da advocacia, como idade, gênero, estado civil, se o advogado é pai ou mãe solo, se possui deficiência, bem como se precisa de recurso de acessibilidade ou adaptação, entre outros pontos.
A Ordem também quer também conhecer a realidade da atuação profissional: a seccional de atuação; em qual área do Direito atua o profissional, tempo de exercício da advocacia, se está desempregado ou em atividade – neste caso, se é em modelo presencial, remoto ou híbrido, por exemplo.
O levantamento também abordará a violação de prerrogativas e o aviltamento de honorários. Por fim, para a OAB é de suma importância saber se os advogados e advogadas estão satisfeitos com suas carreiras, bem como avaliar o cenário profissional.
A FGV será a responsável por disponibilizar o questionário à advocacia por meio de uma plataforma digital que já está pronta. Na sequência, a entidade sistematizará a coleta de dados para a apresentação dos resultados do levantamento. Todo o processo obedecerá às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), com o intuito de obter e fornecer fidedigna amostragem demográfica da advocacia brasileira.
Fonte: Conselho Federal da OAB