O Projeto De Frente com a CAI recebeu na última quarta-feira (19/7) o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira. Durante o evento, conduzido pela vice-presidente da Comissão da Advocacia Iniciante, Katiely Lemes Ribeiro, o diretor tesoureiro da OAB Paraná falou sobre sua trajetória profissional e convidou a jovem advocacia para participar efetivamente dos debates da 8ª Conferência da Advocacia Paranaense.
“O dia 19 de julho ficará na memória da jovem advocacia. Pereira nos contou um pouco sobre o episódio histórico que foi a ocupação da PUC-PR em 1992 e os reflexos desse e de outros movimentos estudantis em que se envolveu”, destaca Katiely.
Durante a conversa, Pereira também apresentou conselhos que, embora simples, têm grande valor. “Para ele, o bom advogado, deve ser um bom prestador de serviço e para isso, deve estar disponível para o seu cliente. Outra dica relevante para a jovem advocacia foi a “quebra positiva de expectativa”. Ele revelou que em seu escritório todos os advogados cumprem os prazos “pela metade”, ou seja, nunca deixam para o último dia e isso gera no cliente uma quebra positiva de expectativa”, relatou a vice-presidente da CAI.
“Por fim, perguntamos ao tesoureiro da OAB o que é a Ordem para ele e então destacou que dentre tantas funções, a OAB deve prezar pela disciplina, um dos pilares da advocacia. Pereira deixou para a jovem advocacia uma frase: “Advogar é se apaixonar pela causa alheia”, frisou Katiely.
Vocação
Para a advogada Natália Cambuí, o grande destaque foi a paixão pela advocacia transmitida por Pereira. “Passamos por todo um resgate histórico da caminhada do Dr. Pereira, desde os bancos universitários até a magnitude do escritório Vernalha Pereira hoje. Sem dúvida, o mais marcante foi poder se inspirar com a paixão que o palestrante tem pela advocacia, como ele mesmo diz, a vocação. De quebra, ele ainda compartilhou com todos diversas dicas e conselhos, dos mais diversos, desde o relacionamento com clientes, gestão do escritório, até hábitos e rotinas que proporcionam o destaque e sucesso na advocacia, seja ela iniciante ou não”, conta a diretora de Filantropia da CAI.
Na avaliação do advogado Márcio Roberto Alves, a conversa foi importante para contemplar o exercício da advocacia com viés prático, visualizando o mercado na ótica de um profissional reconhecido e atuante. Ele destaca os aspectos comerciais e de marketing jurídico, abordados a partir de exemplos e relatos das experiências pessoais de Pereira, e os desafios da advocacia, como o mercado competitivo e a necessidade de diferenciar atendimento.
“Não obstante ser um projeto de várias gestões, o De Frente com a CAI é sempre inovador, nos possibilita visualizar a advocacia com prismas diferentes, de acordo com a experiência e visão do profissional convidado. A iniciativa é sempre positiva e inovadora. Agrega valor ao advogado iniciante, quebrando mitos, podendo adequar suas expectativas a realidade e traz ânimo, perseverança para aqueles que iniciam na profissão”, argumenta Alves, que integra os grupos de trabalho Sorteio de Jurados e Exame de Ordem.
Diálogo
A proposta do Projeto De Frente com a CAI é estabelecer um diálogo aberto entre advogados em início de carreira e profissionais com uma trajetória e experiência já consolidadas. Grandes nomes do Direito paranaense já passaram por ele, como Alfredo de Assis Gonçalves Neto, Marilena Winter, Juliano Breda, Rogéria Dotti, Cássio Telles, Henrique Gaede, Melissa Folmann, Rodrigo Rios e outros destaques, que compartilharam suas experiências num rico e descontraído diálogo.
A iniciativa, lançada na gestão da advogada Sabrina Becue, completará nove anos no dia 14 de setembro 2023.
“O Projeto De Frente com a CAI proporciona um ambiente acolhedor e descontraído, possibilitando que os advogados iniciantes tenham contato com profissionais renomados, e tendo suas trajetórias para se inspirar e espelhar. Ao termos a oportunidade de conversarmos com quem já enfrentou as dificuldades e prosperou, encontramos caminhos possíveis de crescimento e identificamos mentores dentro da advocacia paranaense”, opina Natália Cambuí.