Diante da escalada de agressões e crimes contra advogados relacionados ao exercício da profissão, os participantes do Colégio de Presidentes de Subseções da OAB Paraná discutiram nesta sexta-feira (30/6) a necessidade de se realizar uma campanha institucional de combate à violência contra os profissionais da classe. Em paralelo, a campanha também teria como meta combater o crescimento de violência na sociedade em geral.
O tema foi apresentado pela presidente Anemere Dulaba, da subseção de Toledo, cidade em que no dia 17 de junho o advogado Martins Gimenez Balero foi esfaqueado por um cliente. Três dias depois, em 20 de junho, o advogado Henrique Bueno Paquete e sua cliente, Vanessa Camargo, foram assassinados a tiros em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O autor dos disparos foi o marido da cliente que, na ação, feriu também o próprio filho, um bebê.
Para Anemere, a campanha deve incluir também esforços legislativos. “Devemos nos empenhar pela criação e implementação de leis que protejam especificamente advogados e outros profissionais da lei de atos de violência. Isso poderia incluir penas mais severas para crimes cometidos contra os profissionais”, defende.
Outra proposta é promover treinamentos e orientações de segurança para advogados, com pessoas capacitadas a reconhecer ameaças potenciais e orientar como o advogado pode se proteger em situações de risco. Para Anemere Dulaba, o treinamento também deve enfatizar a importância da saúde mental e técnicas para lidar com o estresse.
Os presidentes deliberaram pela formação de um grupo de trabalho para verificar medidas de segurança no exercício profissional da advocacia, inclusive mudanças legislativas.