Uma nova onda de um antigo golpe está na praça. Os estelionatários acessam processos trabalhistas, levantando dados do advogado e das partes. Com isso em mãos, ligam para as partes dizendo ser do escritório e informando que a decisão do caso saiu e que é preciso pagar as custas com depósito em determinada conta para que a verba pleiteada judicialmente seja liberada dentro de alguns dias.
Ao receber relatos da advogada Christhyanne Bortolotto dando conta de que alguns de seus clientes foram abordados pelos golpistas, a OAB Paraná registrou o Boletim de Ocorrência nº 2021/1199426, e, por intermédio do seu Diretor de Prerrogativas, Alexandre Salomão, encaminhou ofício ao delegado de polícia titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná (Nuciber), José Barreto de Macedo Junior. Da mensagem constam informações sobre a conta indicada pelos estelionatários, bem como o número de Whatsapp de onde partem suas chamadas.
Para apurar com maiores detalhes os fatos, bem como esclarecer eventuais questões ainda sem resposta, a OAB Paraná considera fundamental a abertura de um inquérito policial (art. 5º, inc. II, do CPP). Assim, a seccional requer ao Nuciber a instauração do competente procedimento investigatório para a colheita de elementos de autoria e materialidade dos fatos e sugere uma série de diligências como o bloqueio da conta bancária e o levantamento de dados cadastrais junto à operadora de telefonia.
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