A crise sanitária teve efeitos sobre a advocacia que vão perdurar após a pandemia da covid-19. A advogada e consultora de gestão legal lanejamento estratégico e sociedades de advogados há 22 anos. A conferência ocorre até amanhã e a íntegra do evento pode ser conferida no site do evento ( conferenciapr.org).
“A pandemia transformou a forma como a gente se relaciona, seja com a nossa equipe, com nossos clientes, nossa família. Advocacia foi diretamente afetada porque é uma profissão humanista”, observou Lara, que é presidente da Comissão Especial de Gestão, Empreendedorismo e Inovação do Conselho Federal da OAB.
Ao analisar os números crescentes tanto de cursos de direito no país quanto de profissionais que querem seguir a carreira da advocacia, Lara explicou que para ter espaço no mercado é preciso colocar o cliente no centro do trabalho do profissional, analisando suas preferências de vida para saber quem é esse cliente, que hoje enxerga diferente os prestadores de serviço do direito. “Não adianta pensar em marketing jurídico aleatório, estruturar todo o escritório sem entender quem é a pessoa que te procura”, comenta.
A palestrante explica que a explosão não foi apenas na quantidade de profissionais do direito, mas nas áreas. Hoje são 56 no direito, o que requer um profissional mais especializado e bem menos generalista. Conforme a dinâmica da economia, novas especialidades vão surgindo, como o direito do agronegócio, direito sistêmico.
“Entender que o direito faz parte do tecido social ajuda a escolher qual área a seguir. Dentro disso, as chamadas softs skills são fundamentais. Sair da faculdade dominando apenas o conteúdo técnico não adianta, é preciso saber negociar, identificar quais são os comportamentos empreendedores e os que temos e os que nos faltam. A inteligência de relacionamento é o que faz um advogado crescer cada vez mais dentro da sua carreira “, conclui a advogada.
Leia também:
Mindset do Advogado 4.0 é foco em OAB Talk com Valter Otaviano
Caminhos para advocacia de impacto foram tema de OAB Talk com James Marins
Biotecnologia tem cada vez mais efeitos sobre o direito, afirma Taysa Schiocchet