A campanha de atualização cadastral da advocacia paranaense, que ocorre de 19 de maio a 25 de junho, tem entre os itens a serem preenchidos pelos inscritos na seccional o tópico raça, com o objetivo de conhecer melhor o perfil dos profissionais que atuam no Paraná e de desenvolver ações para integração de advogados de todos os perfis.
A advocacia paranaense é pioneira em ações voltadas à equidade. Em 2018, por exemplo, o plano Estadual de Igualdade Racial propôs execução de políticas afirmativas voltadas à inclusão e à efetivação de direitos das advogadas e dos advogados negros. Ao preencherem o cadastro e identificarem sua raça, esses profissionais colaboram para que sejam realizadas iniciativas a fim de que tenham mais protagonismo na seccional e ainda mais respaldo na profissão.
A OAB Paraná lembra que o cadastro pode ser atualizado a qualquer tempo, mas ressalta a importância da atualização neste período da campanha para que, após sua conclusão, os dados correspondam no máximo possível à realidade da advocacia paranaense.
“É de suma importância que todos os advogados e advogadas se conscientizem da relevância desta atualização de forma a demonstrar a realidade da advocacia negra paranaense. Saber quem somos, quantos somos e onde estamos se faz imprescindível para que possamos dar um significativo passo na busca da garantia da igualdade nas estruturas internas da nossa instituição. É um passo decisivo, é um exemplo para toda a sociedade”, diz a presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB Paraná, Andréia Cândido Vitor.
“A atualização do cadastro é necessária não só para a advocacia negra, porém essa iniciativa tem o objetivo de que sejam identificados os perfis dos inscrito na OAB Paraná. Assim, a seccional pode promover políticas afirmativas para inclusão dos advogados e das advogadas negras nos espaços decisórios da instituição. Com aprovação das cotas raciais, que determina percentual de inclusão de pessoas negras para a inscrição das chapas nas eleições, a atualização é ainda mais necessária, deste modo, será quantificado o número da advocacia negra e é possível localizar onde estão esses profissionais em nossa seccional”, diz a presidente da Comissão da Mulher Advogada, Mariana Lopes.