Por meio das comissões de Defesa das Prerrogativas Profissionais e de Apoio às Vítimas de Crime, a OAB Paraná está acompanhando nesta segunda-feira (16/11) a reconstituição do assassinato do advogado Igor Kalluf, alvejado com vários tiros à queima roupa num posto de combustível, enquanto representava um cliente, no dia 11 de junho deste ano. A Comissão de Apoio às Vítimas de Crimes está representada pelo presidente Almir Siqueira Mendes e por Luiz Gustavo Janiszewski. Pela Comissão de Defesa das Prerrogativas, quem acompanha os trabalhos é Rogério Nicolau.
A reconstituição policial é mais uma etapa das investigações, acompanhadas desde o início pela seccional da OAB, e que culminaram com a prisão dos assassinos. No dia 30 de junho o Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia em face dos acusados da morte de Kalluf. Foram denunciados, com base nos autos do inquérito policial da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bruno Ramos Caetano, Ilson Bueno de Souza Júnior e André Bueno de Souza Júnior.
De acordo com o MP, os denunciados incidiram no tipo penal previsto no artigo 121, §2º, incisos I, III e IV,c/c art. 29, na forma do artigo 70, segunda parte, do Código Penal. Conforme a promotoria, os denunciados praticaram o crime imbuídos por motivo torpe (em razão da cobrança de uma dívida decorrente do comércio de pedras preciosas), mediante dissimulação (uma vez que o denunciado Bruno Ramos tentou ganhar confiança e atrair a vítima para o local dos fatos, surpreendendo-a e dificultando qualquer chance de defesa), e resultando em perigo comum (pois o fato aconteceu em local de fácil acesso do público, em horário comercial, com risco de atingir mais clientes e funcionários).
Além de Kalluf, também foi executado no dia 11 de junho Henrique Mendes Neto, que o acompanhava no local do crime. De acordo com o que foi apurado no inquérito, o mandante Bruno Ramos estava envolvido com o comércio ilegal de pedras preciosas e tinha uma dívida com um fornecedor. Igor Kalluf, na qualidade de advogado, havia sido contratado pelo fornecedor para cobrar a referida dívida.
Além do acompanhamento das investigações, os advogados designados pela OAB Paraná para acompanhar o caso desde o início – Hugo Machado e Marluz Lacerda Dalledone — também tiveram como foco a proteção das testemunhas do homicídio.
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