Visando melhorar o mercado de trabalho, a OAB deveria tornar o Exame de Ordem mais rigoroso. Este é o entendimento de 70% dos profissionais paranaenses que participaram de uma pesquisa realizada pela OAB Paraná no último trimestre de 2019.
O levantamento ouviu 3.080 profissionais com o intuito de identificar o perfil e a realidade da advocacia paranaense. A percepção seguiu a tendência apontada por pesquisa realizada em julho de 2017, quando 61,5% dos advogados defenderam um Exame de Ordem mais rigoroso.
As respostas da advocacia à pesquisa têm orientado as ações da seccional paranaense em vários âmbitos. No primeiro Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais de 2020, realizado no começo de fevereiro, no Rio de Janeiro, o presidente da OAB Paraná, Cássio Telles, apresentou aos pares propostas para o aprimoramento do Exame Nacional de Ordem e do ensino jurídico.
Na ocasião, a OAB Paraná defendeu a redefinição dos critérios para concessão do Selo OAB e a redução da periodicidade de realização do Exame de Ordem para duas edições por ano e melhorias na correção das provas. A proposta é que seja eliminado o candidato que zerar no teste objetivo a disciplina que escolheu para a prova habilitação específica. Telles também defende a eliminação de quem zerar nas questões de ética (saiba mais aqui).
A mesma pesquisa apontou que 82,2% dos advogados paranaenses são contrários à criação de novos cursos de Direito (saiba mais aqui) e mostrou que para 43,3% deles a morosidade do Poder Judiciário está entre as maiores dificuldades enfrentadas no exercício da profissão. A morosidade da Justiça superou a alta concorrência na advocacia, apontada como o principal problema por 28,4% dos entrevistados, e a baixa remuneração, principal entrave para 25,2% dos entrevistados (veja mais aqui).