Nota pública – Comissão das Mulheres Advogadas da OAB/PR

Todos os dias, centenas de casos e relatos de violência nos apavoram. Nestes últimos, a notícia da agressão sofrida pela procuradora-geral do município de Registro-SP em decorrência de sua atuação profissional e o caso da parturiente que foi violada durante o trabalho de parto, não apenas nos chocam como ilustram a existência de violência extrema contra as mulheres em ambientes nos quais jamais se poderia imaginar que uma mulher poderia ser agredida.

São casos que foram rapidamente elucidados, com os dois agressores presos em razão da existência de filmagem, mas essa violência é cotidiana, ela está presente em muitos ambientes, e nos alerta para a imperiosa necessidade de mudanças urgentes, com o fim de coibir e garantir que atrocidades como essa não mais aconteçam.

A Comissão das Mulheres Advogadas não representa apenas Advogadas, mas Mulheres, que vivem nesta sociedade violenta e machista. Por isso, ao tempo em que manifestamos nosso repúdio ao episódio e nossa solidariedade às vítimas e familiares, reafirmamos o compromisso da Advocacia pela igualdade de gênero e pelo fim da violência contra a mulher, pois o clamor pela paz tem que ser constante.

É em dias como esse que esforços de conscientização sobre violências contra mulheres mudam vidas. O reconhecimento desses atos, a denúncia e a responsabilização são etapas fundamentais para uma sociedade mais justa, que não permanece silente.

Por essa razão, reforçamos a importância de protocolos institucionais relativos à denúncia, como a Ouvidoria da Mulher Advogada instituída na OAB/PR visando canalizar as denúncias de assédio para encaminhamento aos órgãos competentes e dar apoio às mulheres advogadas, ou, ainda, a adesão da entidade na Campanha do Laço Branco, pelo fim da violência de gênero com a Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Campanhas como a “Advocacia Sem Assédio” e o “Combate às Violências contra a mulher” existem porque o dia a dia de mulheres ainda é assustador, com violência extrema em locais que jamais se imaginariam, demonstrando o grau de violência da nossa sociedade.

Assim, compartilhamos a Cartilha sobre os 21 dias de ativismo pelo fim das violências contra as mulheres desenvolvida pela OAB/PR, para que sirva de material de apoio e de informação, destacando ainda a importância de efetivarmos movimentos sociais relevantes para maior acesso à justiça, notadamente aqui no tange aos direitos humanos das mulheres. Acesse aqui a cartilha 21 Anos de Ativismo pelo Fim das Violências contra as Mulheres

Comissão das Mulheres Advogadas da OAB/PR